quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu te amo?

Será mesmo que disse isso a ale que me ama tanto? Ou pelo menos, finge muito bem que me ama. Bom ator, bom amante, bom conselheiro, bom companheiro, melhor eu esquecer isto, apesar de que ele é o único que me entende.

- Sim, você disse, essas mesmas palavras saíram de tua boca, que já beijei muito, já senti perto de mim tantas e tantas vezes. Que um dia fez-me ser o homem mais feliz do mundo. E agora: mais um perdido no mundo.

Será mesmo minha culpa? Meu “amor” todo pode fazer tudo isso. Lembro-me de quando os lábios dele me tocavam, como era bom, como me fazia ser a mulher mais amada do mundo. Por favor, alguém diga a ele como é duro lembrar-se disso tudo no passado.

- Como posso, eu, agora viver sem te ter, sem poder te ver, tocar, ouvir, cheirar? Como? Agora és tu que tens de se explicar, vamos, desembuche logo, quero só ver o que tens a me dizer. Pelo menos agora poderei ouvir tua voz, nem que seja para ouvir algo que pensei nunca ouvir de ti.

Será que explico mesmo? Mas como explicar a ele se nem consigo explicar a mim mesma. E, alias o que há para ser explicado? Digam, digam, não deixe ele me torturar com tais palavras. Ele diz como se eu não sentisse falta de ser dele e de mais ninguém. Ver, tocar, ouvir, cheirar são sentimentos, mas tenho certeza que se eu ainda fosse dele e ele meu, sentir-lhe-ia por completo.

- Sim, eu ainda viverei e tu viveras como sempre viveu: pensando muito e agindo nunca. Tu não és inteiramente culpada por ter sentido e dito isso, porem, teria que ser mesmo assim? Não tinha como me mostrar, às vezes pequenos gestos dizem mais que meras quatro palavras, tu bens sabes que sou mais sensível que você. Poderia ser diferente, disto tenho plena certeza.

Oh, não ele deve estar me achando uma mulher escrota, medíocre sentirei saudades dele enquanto meus tempos durarem, e tenho, sem sombra de duvida, que ele mesmo que me julga. Sentira também. Os tempos só iram acabar quando for de ser, antes ou depois disso não cabe a nos discutir. Só queria explicar-lhe o inexplicável.

- Como, nem eu sei, só sei que ouvi e se não tivesse visto também não acreditaria e com tanta certeza, tu bens sabes que não gosto de coisas pela metade. E também não deveria duvidar do meu amor por ti que desde sempre fora verdadeiro e especial, nunca deixei de lhe dizer isto e o que eu ganho? Exatamente: ingratidão e desamor.

Será que ele deixou de medir as próprias palavras? Não percebeu que tocou nos meus sentimentos que, como ele próprio disse, são verdadeiros e especiais. Não, ele não pode estar bem, com certeza ele não ouviu essas palavras da minha boca, estava delirando ou algo do tipo, não é possível.

-Sim, eu ouvi e vi. Seus lábios abrindo e dizendo, sentir-me como se houvessem adentrado um punhal em meu coração, que já te amou tanto.

Será mesmo que a única, sobre o que sinto, a ele foi: Eu não te amo?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sorriso Permanente

Impossível de ser arrancado da face, não tem mais como, parece com um pedaço de goma de mascar grudado na sola do sapato só que menos nojento.

Não tem nome especifico o que estou sentindo, não tem cheiro nem sabor, não pode se tocar nem se ver. Somente: sentir, com isso se conclui que é um sentimento, mas sem nome, todos já sentiram ou sentirão, mas o nome ninguém conhece, alias não se conhece só se sente.

Será alegria? Não, é só um sorriso que nasceu do nada. Será paixão? Não, é só uma lembrança que fez nascer o sorriso. Ele nasceu sem porque, mas continuará por um bom tempo.

Horas passam e ele continua lá, mobilizado, sem motivo nem circunstância. Não tem nada que o tire do rosto, leve, delicado, um dos mais sinceros simplesmente é um daqueles sorrisos permanentes.

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