quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu te amo?

Será mesmo que disse isso a ale que me ama tanto? Ou pelo menos, finge muito bem que me ama. Bom ator, bom amante, bom conselheiro, bom companheiro, melhor eu esquecer isto, apesar de que ele é o único que me entende.

- Sim, você disse, essas mesmas palavras saíram de tua boca, que já beijei muito, já senti perto de mim tantas e tantas vezes. Que um dia fez-me ser o homem mais feliz do mundo. E agora: mais um perdido no mundo.

Será mesmo minha culpa? Meu “amor” todo pode fazer tudo isso. Lembro-me de quando os lábios dele me tocavam, como era bom, como me fazia ser a mulher mais amada do mundo. Por favor, alguém diga a ele como é duro lembrar-se disso tudo no passado.

- Como posso, eu, agora viver sem te ter, sem poder te ver, tocar, ouvir, cheirar? Como? Agora és tu que tens de se explicar, vamos, desembuche logo, quero só ver o que tens a me dizer. Pelo menos agora poderei ouvir tua voz, nem que seja para ouvir algo que pensei nunca ouvir de ti.

Será que explico mesmo? Mas como explicar a ele se nem consigo explicar a mim mesma. E, alias o que há para ser explicado? Digam, digam, não deixe ele me torturar com tais palavras. Ele diz como se eu não sentisse falta de ser dele e de mais ninguém. Ver, tocar, ouvir, cheirar são sentimentos, mas tenho certeza que se eu ainda fosse dele e ele meu, sentir-lhe-ia por completo.

- Sim, eu ainda viverei e tu viveras como sempre viveu: pensando muito e agindo nunca. Tu não és inteiramente culpada por ter sentido e dito isso, porem, teria que ser mesmo assim? Não tinha como me mostrar, às vezes pequenos gestos dizem mais que meras quatro palavras, tu bens sabes que sou mais sensível que você. Poderia ser diferente, disto tenho plena certeza.

Oh, não ele deve estar me achando uma mulher escrota, medíocre sentirei saudades dele enquanto meus tempos durarem, e tenho, sem sombra de duvida, que ele mesmo que me julga. Sentira também. Os tempos só iram acabar quando for de ser, antes ou depois disso não cabe a nos discutir. Só queria explicar-lhe o inexplicável.

- Como, nem eu sei, só sei que ouvi e se não tivesse visto também não acreditaria e com tanta certeza, tu bens sabes que não gosto de coisas pela metade. E também não deveria duvidar do meu amor por ti que desde sempre fora verdadeiro e especial, nunca deixei de lhe dizer isto e o que eu ganho? Exatamente: ingratidão e desamor.

Será que ele deixou de medir as próprias palavras? Não percebeu que tocou nos meus sentimentos que, como ele próprio disse, são verdadeiros e especiais. Não, ele não pode estar bem, com certeza ele não ouviu essas palavras da minha boca, estava delirando ou algo do tipo, não é possível.

-Sim, eu ouvi e vi. Seus lábios abrindo e dizendo, sentir-me como se houvessem adentrado um punhal em meu coração, que já te amou tanto.

Será mesmo que a única, sobre o que sinto, a ele foi: Eu não te amo?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sorriso Permanente

Impossível de ser arrancado da face, não tem mais como, parece com um pedaço de goma de mascar grudado na sola do sapato só que menos nojento.

Não tem nome especifico o que estou sentindo, não tem cheiro nem sabor, não pode se tocar nem se ver. Somente: sentir, com isso se conclui que é um sentimento, mas sem nome, todos já sentiram ou sentirão, mas o nome ninguém conhece, alias não se conhece só se sente.

Será alegria? Não, é só um sorriso que nasceu do nada. Será paixão? Não, é só uma lembrança que fez nascer o sorriso. Ele nasceu sem porque, mas continuará por um bom tempo.

Horas passam e ele continua lá, mobilizado, sem motivo nem circunstância. Não tem nada que o tire do rosto, leve, delicado, um dos mais sinceros simplesmente é um daqueles sorrisos permanentes.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Não Sentimento

Questionam-te, colocam-te contra a parede. Meramente por diversão? Ou talvez isto esteja indo longe demais! “Sentimento” descoberto? Mas será que descobrimos os “sentimentos” ou eles simplesmente tomam conta de nós, sugando ou não nossas energias, deixando ou não sem forças para continuar, ficando ou não dramático.

Medos são ativados, proposta feita e desfeitas, tanto interna quanto externa nos deixa sem sentimento. Talvez a ausência de sentimento seja o maior deles ou quem sabe o menor.

Não vale a pena pensar nem sentir, mas como viver sem dilemas e decisões, pedidos e ego acima do normal?

De tempos em tempos os homens procuram as respostas das perguntas do coração lírico dos tais, desejados, sentimentos. Só esquecem-se do tão falado: não sentimento, algo que não se sente, mas existe, nem se define. Passando por um tempo, período, de viver nos nossos não sentimentos. Boa sorte.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Trilha Sonora

Fone no ouvido, pés dançantes, vida agitada, voz que geralmente gostava de só escutar, não de cantar, cabeça que acompanhava o ritmo, ritmos variados, aparelho carregado de musica, sabia de cor e salteado todas, sempre encontrando tempo para sua trilha sonora.

Não se considerava cantora, nem dançarina e sim uma ouvinte, como tantos que existem por ai. Mas na verdade não era apenas isso, era uma amante por musica, sua vida era feita de musica, não que ganhava dinheiro com ela, não, mas ela é toda musica.

Cada semana era uma favorita, os amigos até brincavam que não poderiam dar um CD com as musicas preferidas, pois sairia caro de mais.

Musica é ela, vida, musica, ela, são sinônimos.

Ódio por amor

Já me disseram que ódio demais, esconde um amor secreto. Mas e se você odiar o amor seria um amor ao amor, secreto? São duvidas que fazem nossos pensamentos girar, também me disseram isso.

Não sei o que deu em mim, odiar o amor? Só eu mesmo. Quer dizer, não odeio o amor, só não gosto desse tal amor, que te bate de repente, sem motivo e com um melaço só, cheio de frases feitas, cores românticas, músicas lentas e lagrimas pelo chão, ou por decepção ou por saudade. Lágrimas mais de tristeza do que de alegria.

Nunca tive uma de decepção enorme, dessas de quase se afogar nas próprias lagrimas, alias nunca chorei por amor e tive poucos “grandes amores”. Não sei bem onde foi parar o sentimento que sentia - isto é, que se pode chamá-lo de sentimento – por um desses meus “poucos grandes amores”, talvez num cemitério do amor, que sempre deixa alguém ferido ou até morto, ou ainda sinto, só que não tão intensamente como antes.

Quando se ama, fica bobo e sem rumo, não, tem um rumo de estar do lado do amado. Talvez seja disso que eu tanto não gosto.

Não escrevo mais para ele, não perco minhas noites pensando nele, não quero o encontrar de novo, sei que é inevitável, mas não quero ser flechado. Talvez por ter me afastado tanto que o odeio.

Quem é esse amor que todos falam? Sentimento? Talvez, mas só talvez. Não te odeio, amor, apenas deixei de admirar-te.

Sonhadora

Ela sonha, voa longe nas suas historias, imagina mundos e personagens, tenta, sem sucesso, não trazer pra vida real.
Numa noite, com os pés aquecidos, é capaz de pensar em um universo de opções: Pensa em ser escritora, publicitária, comunicadora visual, fotografa, designer, pensa também em ser apenas uma mulher. Vai crescer, e espera ver seu destino brilhar.

Não pretende se casar, pra quê? Não pretende morar pra sempre com os pais. Não pretende não ter filhos, afinal à evolução precisa continuar, pensando bem, já existe tanta gente no mundo, pra que mais um? Mais um sonhador, mais um cidadão, mais um iludido, mais um sofredor mais uma criatura nesse mundão velho.

Deitada, na cama, no quarto, em casa, têm ótimas odeias. Uma vez encontrou a resposta mais procurada de todas, mas não anotou, a preguiça e o sono eram maiores, e quando acordou no dia seguinte avia esquecido. Mais ainda não desistiu de reencontrá-la, por dois motivos: ainda tem ótimas idéias quando esta pronta pra dormir; e não desiste de procurar a felicidade. Nunca, jamais.

Pensa no futuro e no passado, nas coisas que fez, e que ainda pode fazer, nas coisas que deixou de fazer, ou por capricho ou por medo, mas coisas que fez sem necessidade, ou por capricho ou por falta de medo. Tira conclusões e duvidas com sigo mesma. Uma conclusão: O futuro, hoje, é o passado de amanhã, e o presente de hoje é o passado, amanhã, somente amanhã. Mas pra que pensar nestas coisas, sem nexo algum?

Já teve em mente e mudar o mundo, outras vezes em não viver nesse tal mundo.
Esta com sono. Deitou a cabeça varias vezes, mas voltou a escrever, coçou as costas, pensou no que escreveria agora e se a frase faria sentido. Arregalou os olhos para não cochilar, pensou numa palavra, á escreveu, mas errou, apagou e reescreveu-a. Desistiu de narrar às próprias ações que já são passado, mas que um instante atrás eram presentes.

Quase pegou no sono, mas saberia que se adormecesse nessa mesma hora, amanhã iria ser tarde para escrever o presente das suas ações, pois elas já estariam no passado.

Adormeceu.

Supermercado

Saia de casa, do aconchego do sofá, descia pelas escadas, o elevador tinha quebrado pela terceira vez na semana. Só precisava de dez itens no Maximo, por isso já planejara pegar o caixa rápido. Chegando à garagem do condomínio, caminhou pela beira do toldo, com pressa. Estava garoando. Abriu-a com ligeira força, coitada, estava gasta, mas não tinha tempo de pensar em coisas supérfluas, necessitava urgente sair de casa, no primeiro dia de inverno, para atender ao chamado do estomago.

Ligou-o e com o pé constantemente no acelerador, seguiu. Cumprimentou o porteiro com simpatia, que abriu o portão com o mesmo tratamento. Chegou ao estabelecimento, estava lotado, já pensou na fila que enfrentaria, com crianças chorando de tédio e pais desesperados, não vendo a hora de chegar em casa e assistir ao Faustão. Mesmo assim era necessário enfrentar o super mercado de domingo á tarde.

Rodou o estacionamento inteiro duas vezes. Desistiu de começar a terceira busca ao lugar de um misero carro. Estacionou o mais afastado possível da entrada principal. Caminhou até o portão central, estava pior do que em seus pensamentos, desfiou uma vez, duas, três, quatro vezes de carinhos e pessoas inquietas, sem contar o senhor lento que ultrapassou.

Foi em busca de seus caçados, passou dois corredores e entrou num super lotado. La estava sua pressa, ali parada, chamando-o, como se desejasse ser comprada. Foi em busca do seu item que cobiçava, apanho-o. Colocou entre os braços, com força e buscou um complemento para o primeiro alimento. O encontrou num corredor onde estava uma senhora rechonchuda e de fala alta. Pediu licença num tom baixo, comparado com o da distinta senhora, mas não obteve resposta nem ação. Aumentou a voz e não obteve resposta. Pensou em ultrapassá-la, mais definitivamente não seria bem sucedido. Cotou-a. Nada. Deu a volta, foi pelo caminho mais complicado, era sua única saída. Quando chegou ao fim do corredor, a senhora tinha desaparecido, ficou frustrado, mas logo voltou no seu foco, o segundo item. Não teve grandes dificuldades para apanhá-lo.

Teve, então, a sensação de que aquilo tudo não ficaria ideal sem algo mais, uma bebida, por exemplo, hesitou. Voltou à ação, recorreu às bebidas, escolheu uma de laranja diet. Queria manter a forma física, bela forma.

Agora seria a etapa final. E seria longa. Certeza enfrentaria fila, crianças, e a moça do caixa. O caixa rápido estava enormemente gigante, mais era a melhor opção, afinal, pra que entrar numa fila grande sendo que estava com poucas compras? Seguiu sua ideai principal. Lá estava ela, grande, populosa, entediante, e obrigatória.

Teve a honra de chegar ao caixa numero cinco, com os produtos escolhidos, cansado, sem lição de vida alguma. Depositou os alimentos na esteira, esperou ansiosamente a totalização da contagem dos valores, abriu a carteira e tirou-o de dentro dela, deu a mocinha que estava no comando do aparelho. Então a pequena maquina solicita a senha, pensa, digita, negado, novamente digita, é a senha esta incorreta. A moça, com olhar critico, analisa o cliente de cima a baixo, talvez em busca de outra forma de pagamento ou até com desprezo. Decidido, paga com dinheiro, leva seus itens, pagos, até o carro.

Caminha. Já esta tão cansado e com fome, que nem percebe as pessoas e os outros carros. Abriu-a com ligeira força, coitada, estava gasta, mas não tinha tempo de pensar em coisas supérfluas, necessitava urgente voltar para casa.Chegou, subiu pelo elevador – estava pronto para uso – apertou o botão do seu andar, o estomago parecia pedir alimento mais alto, a velocidade não esta coincidindo, do elevador com o pedido interno. Já estavam, em mãos, as chaves selecionadas e prontas para ser encaixada na fechadura. Isso se fez. Correu para a cozinha, preparou o lanche, e o devorou rapidamente, assistindo o Fausto Silva na Globo.

Lágrimas

Escorreu do rosto da pobre sem significado algum, apenas por encarar os próprios olhos no espelho, se transformou numa sensibilidade. Medo? Não seria. Insegurança? Talvez. Falta de amor? Não, com certeza não, era forte para esse tipo de coisa, mais tinha lá dentro suas inseguranças.

Parecia uma cachoeira que acabara de nascer, começando com gotas e mais tarde se transformando num rio completo. Achara seus olhos nos espelhos e os mesmos não aquentaram a preção, tanto de fora –do mundo –tanto de dentro, seu corpo pedia tempo, sua mente, paz.
Passou sua mão pelo rosto, destruindo o fluxo da cachoeira. Olhou para as pontas dos dedos, encontrou vestígios de um ser, um ser que não identificava o que vinha a ser. A cachoeira continuou, logo veio o interruptor das lágrimas, olhou novamente pena de si mesma, se confundiu nas idéias.

E quando se deu conta, as lágrimas continuaram a cair, sem motivo, sem desculpa, sem explicação. Deixou de perturbar-se com o motivo das lágrimas, evitou limpa-las, deixo-as livre, passando pela face até escorregarem pelo queixo.

Lágrimas de tristeza não seria, lágrimas de felicidade, mais não estava tão contente assim. Pronto, já estava de novo apensar nos significados das coitadas lágrimas de lágrimas.
Isso que eram, lágrimas de lágrimas.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Minha boneca, Meu dinheiro

Quero correr, comer doce e não escovar os dentes, jogar bola, pular corda, soltar pipa, ter casinha de boneca, ser super-herói com poderes extraordinários, ter a imaginação fértil, ser criança de novo, sem responsabilidade e deveres, sem que me digam: que infantilidade, deixa disso menino, olha que vai engordar menina, isso te deixa com espinhas amarelas e gigantescas que te deixaram feia e tenebrosa.

Por que não posso mais rir do palhaço do lado, observar o beijo da novela com indignação sem entender bulhufas, sair da rua sem ter o que fazer, e voltar só de tardezinha todo sujo e soado? Não posso. Tenho que ser quem eu sou, e não quem eu era. Ser adolescente. Com medos e duvidas, com angustias e mudanças. Ser diferente do “normal”, mas igual aos “comuns”, mesmo parecendo diferente nos olhos de “normais”.

Quero sair, sentar ao lado de gente importante, ter o meu dinheiro, ir a lugares com homens engravatados e senhoras de xale, rir de ironia e ser dono do meu “nariz”, mesmo que para isso tenha que ser responsável cumprir horários e ir a reuniões entediantes, sair de noite e voltar só de manhãzinha, sem que te digam: onde você estava, com quem, e por que não me avisaste onde iria, estava preocupada, pronto já esta decidido, agora é da escola pro lar e sem conversa. E sairia batendo pé e ao chegar ao quarto esqueceria, por acaso, a porta bater.

Por que não posso, morar sozinho, me divertir com as amigas, gastar o meu dinheiro, dizer que ele é meu? Mas de vez em quando, pagar uma pizza pra galera, mas com o meu dinheiro, só meu. Não posso. Tenho que ser quem eu sou, e não quem eu era. Ser adolescente.

Decida-se. Vá em frente, escolha seu caminho. Voltar ou Avançar? Só você poderá me responder: Quer brincar com a boneca e dormir até mais tarde ou ser dono do próprio “nariz” e acordar com o Sol?

Medo do quê ?


Sairá fazia um tempo, não queria chegar a casa, pra quê? Para ouvir discussões e gritos? Era preferível rodar pela cidade sem rumo, observar os desconhecidos, fazer amizade com o cobrador do transporte coletivo. Mas ficariam preocupados, pensariam no pior. Então desistiu.

Seguiu no caminho conhecido, as mesmas ruas, as mesmas casas, as mesmas senhoras a fofocar que, quando passava perto, abaixavam o tom de voz e te analisavam de cima a baixo. Com a mochila nas costas, cheia de cadernos e anotações, com desamores e ilusões. Pensava em mudar de rumo, não podia, pensou que podia mudar o mundo, outra vez não podia. Sonhava com a paz, mas não saia da guerra.

O solado a fazer: plek, plek. A alma em silencio, sem som algum. Refletiu no amor filosófico, é como um mar de rosas, mas rosas também têm espinhos.

Pensou no que encontraria em casa: “- Menina faça alguma coisa, deixe de escrever, saia da frente deste maldito computador, isso não te levara a nada.” E ela com uma cara de indiferença, diria: “- Tudo bem estou terminando o parágrafo.” Mas a alma por dentro era capaz de ficar dias e mais dias a escrever, se alimentando das letras, descansando nas palavras e ,juntas com o doce prazer da pontuação, viveria nas mais lindas frases, aprendendo com os grandes.

Continuou a andar, em passos cada vez mais lentos, porem constantes. Não queria chegar ao destino final, queria isolar-se, no seu mundo, com sua gente. Mas não podia, tinha que enfrentar a realidade, ou agora ou então mais tarde.

Pensou em parar. Parou. Entrou na casa de uma conhecida para falar das novidades, mas logo voltou para ao rumo, incerta do que encontraria na próxima esquina. Só encontrou um carro em alta velocidade, esperou e atravessou.

Pegou a chave, escolheu a dedo a maior de todas, coloco-a na fechadura e a rodou, como quem roda a roleta da morte. Caminho silenciosamente até a porta abriu-a, ela rangeu. Limpou os pés no tapete de entrada, depositou a mochila na cadeira mais próxima encostada a parede. Olhou ao redor. Nada. Viu, na mesa, um papel amarelinho, desses onde se anotam recados, em que às vezes escrevia rimas quando a inspiração chegava. Leu: “Volto mais tarde, estou na vizinha.” Não tinha ninguém em casa.

(Estória Fictícia)

Sim ou Não ?

Sigo pela direita ou faço curva para a esquerda? Dúvidas e mais dúvidas... Ser ou não ser, eis a questão. Grande frase.

Quero que seja do meu jeito, mais quero que dê certo, me colocam medo e defeitos, dão-me incentivo e apoio, confusões complexas, soluções mais complexas ainda. A vida é feita de escolha, mas escolher a certa é a escolha mais duvidosa. Frases que me fazem pensar mais no assunto, com um tema que não quer calar. A decisão mais correta seria ir ou vir? Andar ou Correr? Viver ou sonhar? Voar ou nadar? Sentir ou iludir-se? Ouvir ou falar? Gritar ou cochichar? Assobiar ou cantar? Pular ou rir? Ou será que é rir e pular? Sim ou não? Talvez ou certamente? Certo ou errado? Verdade ou conseqüência?

Peço ajuda ganho mais dúvidas. Peço Solução ganho mais confusão. Como seria fácil se tivéssemos um sexto sentindo que fizesse com que escolhermos a alternativa certa e mais propicia para nosso lado. Só saberemos no futuro, se nossas escolhas foram as melhores, e talvez, se não gostarmos dos resultados, existe a alternativa de mudar de idéia, às vezes, somente as vezes... Posso ir ao futuro ver se minha escolha terá conseqüências boas para todos? Posso não ter dúvidas? Posso passar minhas escolhas? Tem a ajuda dos universitários?

Não percebemos, mas fazemos escolhas nos mínimos segundos de vida, quando escolhemos o canal na televisão, quando escolhemos o que vamos comer, a musica no radio, a temperatura do banho, onde sentaremos no sofá, escolhas que estão no nosso cotidiano e são quase que automáticas.

As escolhas certas estão dentro de você, achá-las é o que dificulta a situação, e não se preocupe seu destino esta traçado com suas dúvidas e indecisões... Por isso o que for escolhido já estará escrito no livro da vida, e pode ter certeza ele esta cheio de escolhas certas e erradas.

Não sou a Mesma

Não sou eu, estou estranha, raptaram minhas características, desapareceram com minha alma, e deixaram isto, que consideram alguém. Quero-me de volta. Com meus antigos sentimentos, com minha velha alegria, com meu sorriso estampado que aparecia por tão pouco, meu olhar destemido, minha vergonha e timidez que, às vezes, dava lugar a um carisma inesperado e uma falta de vergonha incompreensível. Quero aquela alma que me habitava.

Por que motivo, razão, circunstancia, ela me abandonou? Será que não dei o seu devido valor? Quero-a de volta. Alguém me devolva. Volte para onde não deveria ter saído.

Depois de tudo o que aconteceu, depois das minhas decepções e das minhas melancolias você, alma, me deixa aqui, sem esperanças, sem calor, sem vida e sem harmonia. Posso me dispensar da vida? É uma faze, todos dizem, mas cadê o fim dela? Somos tão complicados, porque não podemos ser todos iguais, sem problemas e mudanças? Não gosto da nova que sou, alguém, por favor, me devolva a velha eu?

Mudem-me enquanto há tempo, se já não for tarde demais. Cadê a garota que ria a toa, a que vivia com os pés no chão, e não essa que voa pelo espaço sem ter rumo próprio, aquela que era feliz simplesmente por viver mais um dia, e não essa que deseja não sair de casa. Volte para mim grande esperança, esperança de que tudo no final acabara bem, esperança de dias melhores.

O que fizeram comigo? Transformaram-me nisto com que propósito? Por que não consigo pensar no que pensava antes? Por que não aquento fazer o que fazia antes? Por que não rio como ria antes? Por que a vida não é tão bela como era antes? Para que tive que mudar? Para seu próprio bem estar? Ou então não mudei, estou idem a antigamente, nem a carcaça nem o interior mudaram, só estou me estranhando por um tempo. Se for isso, quando é o fim? Se não for, o que é? Há alguma luz no final do túnel?

Uma Alma

Aquilo que te deixa leve, leve como uma pluma, uma leveza e, pra variar um pouco, livre e feliz, onde você encontra? Na alma. Com a alma solta você é capaz de ir até as estrelas e, dependendo da ocasião, ultrapassar a via láctea indo para os mais diversos mundos, conhecendo gente ou indigentes, aprendendo culturas e cultivando aprendizagem, nascendo de novo, crescendo mais uma vez e, por ultimo, mas não menos importante viver sem preocupar-se com mais ninguém, ser uma vez na vida, ou mais uma, egoísta.

O que deixa sua alma feliz, alegre? Uma música, uma pessoa ou simplesmente uma manhã ensolarada? O que pode vir a ser um dia feliz? Um dia chuvoso debaixo das cobertas comendo pipoca com um bom filme ou uma literatura que te fez pensar? Ou um dia de primavera onde, em plena alvorada, se recebe flores com um cartão totalmente romântico citando a noite maravilhosa que foi a passada? Ou ainda uma festa super animada? Qual das opções você escolheria se fosse, mas não é, um questionário alternativo? Qual das preferências seria a selecionada? Sua alma sentir-se-ia leve ou relaxada com a realização das alternativas?

Uma boa música, que te faz refletir, pensar na pessoa amada, nos amigos especiais, na família queria, naquele momento hilário ou, ainda, na novela que a usa como tema. Isso faz com que sua alma solte-se?

Em um sonho: Um tal de João disse-me que a alma dele estaria infectada por um protozoário, idem ao computador de uma empresa atingido por um ”cavalo de tróia”-vírus. Acordei pensando como seria ter a alma acertada por algo desconhecido e diferenciado, depois de passar a manhã com isso nas idéias, recordei-me de uma frase muito útil no vocabulário de certa conhecida minha: “não a vemos, não a sentimos, mas dor de alma existe”, já que não se sabe o que é de vera, por qual motivo temos dor? A dor desse tal João pode ser dor na consciência ou então não identifica suas dores. Acabei ficando sem resposta para o sonho. Mas não desisti de achar seu significado.

Alma e consciência, diferentes? Você sabe o que é a alma? Sabe a descrever? No dicionário esta: ¹principio da vida. Será mesmo? Se é o principio da vida porque não o conhecemos? Não nos conhecemos? Ou o dicionário esta a mentir? Seria possível processar o autor? Não gosto de ficar sem explicações. Ira é pecado, pecado da alma?

Uma alma solitária estava a pensar: Quero saber o que sou, quero descobrir quem me criou, mais eu existo mesmo? Existir não existe, mas é reconhecida por lei, por lei não, mas a humanidade conhece, ou pensa que conhece.

Tantas almas perdidas, tantas respostas inencontráveis, mais e mais, cada vez mais. Minha alma ta aqui, dentro de mim, pelo menos eu espero que esteja, e a sua anda muito solta, livre de mais? Quer solta-la? Quer prende-la? Decida-se.

Almas que se perderam, ou por desgosto ou então não as usavam mais, porque será que um ser humano em sã consciência não aceitaria ter uma alma perpendicular a sua vida, que te apóia e que leva características? Conheci um garoto que tinha uma alma boa, auxiliava todos e não pedia nada em troca, ele tinha uma alma boa, ou será que ele tinha uma personalidade boa? Será que a alma existe? Será que a alma não teve nada a ver com as escolhas dele, estou a gratificando a toa? Mais perguntas e mais uma vez sem respostas.

Almas mutantes, que se alteram sem explicações, que gostam de se tornarem diferentes das de mais, que têm a necessidade de ser sem lógica, de serem únicas e inexplicáveis.
Vamos, determine-se, quer ser assim ou assado? Aquilo ou aquele outro? Vamos, esta em uma encruzilhada, qual caminho vai tomar? Quer ser bom e que sua alma leve a fama? Quer ser ruim q ter que ouvir: alma maligna?

Alma de estimação. Nascem, morrem sem conhecer a verdadeira vida.

Alma de historiadores. Vivem no passado, procurando em quem se apegar.

Alma solitária. Podem estar rodeadas, mas sempre se sentem sozinhas.

Alma de apaixonado. Está à procura de quem amar desta vez.

Alma tem características e defeitos, mas sabemos o que é alma?

E pra você, o que é a alma?

sábado, 6 de junho de 2009

Foi há Tanto Tempo

Há tanto tempo que não olho em seus olhos, que não conversamos; uma conversa bem demorada, que não rimos juntos, que não o vejo ao meu lado. Será saudade? Se não for, o quê é? Foi o tempo que nôs afastou? Será a distância? Será minha ou sua culpa? A não ser que o destino nos separou para que o futuro seja melhor ou só separou porque era pra eu sofrer?

Lembra de quando éramos amigos coloridos? Lembra-se de suas palhaçadas? E de nossas brigas por besteira? Quero esse tempo de volta e você? Lembra-se das chamadas de atenção das professoras? Do “sim ou não”? Do “ignorar” quando estava perto dos amigos? E das discussões por esse mesmo motivo? Mas já faz tanto tempo.

Foi a tanto tempo que éramos contadores de histórias, de piadas, de bobeiras que podiam voltar. Falta das risadas, dos teus olhos, de você do meu lado. Sempre dizem que um dia vamos rir do passado, mas eu sempre sou diferente, quando olho pra trás eu choro.

Tenho novos amigos, melhores do que tinha no passado, mas quero de novo aquela amizade colorida que só tinha com você. Não sei o que aconteceu, mais quero voltar no tempo e refazer o que aconteceu de errado no meu plano perfeito.

É mesmo saudade ou será apenas uma lembrança do que aconteceu de bom nos velhos tempos, como é difícil tirar uma lembrança do passado.

Se for saudades não se sabem, só sei que se fosse dona do mundo e das pessoas, você era meu e eu era seu, amigo confidente.

Biia *!

Livremente Presa

Livre, estou para voar pros céus, para nadar nos mares, para andar descalça pela terra. Sinto-me como um passarinho que acaba de aprender a bater as assas, despedindo-se dos irmãos, saindo do ninho e pronto para o que vem pela frente.

Como é boa essa sensação! Viver sem planos muitos longos, sair cantando sem se preocupar com o que vão achar ou dizer, dançar sem música, falar com o vento, respirar perfumes que não existem, rir só, pensar que a realidade é um conto de fadas que não vai acabar, viver sem paixão, sem que ninguém se importe com você, além de si mesmo.

Sim, do futuro não sei, mais quem pode mudar meu presente sou eu. Vejo que libertar-se é bom, só não sei se conseguirei viver livre por muito tempo, não que viver livremente seja negativo, mais precisamos de proteção, de pressão, de ter pra onde voltar quando suas idéias não dão certo.

Voltar para seus braços protetores, para o aconchego do lar, para a prisão dos sentimentos. Ficar pelo mundo, a correr sem que te mandem parar, conhecer gente nova, não se apaixonar, ficar de bobeira sem fazer nada. Qual será a melhor opção? Qual caminho deve seguir? Solta ou Pressa? Livre ou Aprisionada? Só saberei se foi a escolha certa no futuro quando vierem as conseqüências.

A liberdade é necessária quando se vive em função daquilo ou de alguém. E a prisão, quando não se tem nada ou ninguém, pois a liberdade os afastou de você. Viver preso ou libertado é uma escolha pessoal, mais às vezes é bom sentir na pele os dois extremos. Arisque-se mais não corra riscos grandes demais, pois consertá-los pode não caber a você.

Festeje a liberdade, mais não esqueça que um dia terá que prender-se em algo ou alguém. Viva presa, mais não se acomode, procure a liberdade de vez em quando.

Sentimentos estão longe de ter uma única explicação e uma forma pré-descrita, tente sentir todos, não se contente com apenas um por dia e sim todos por minuto, só assim você poderá dizer que viveu intensamente.

Biia *!

Mundo de Faz de Conta

Ai, ai, sabe aquela decepção que bate, quando você olha pro lado e não encontra ninguém? é o que sinto agora.

Vivia num mundo de ilusão onde tudo e todos eram como queria que fosse, morava no meu palácio de cristal com meu príncipe e com minha fiel escudeira, onde no meu mundo e na vida real existe. Queria que a história tivesse acabado mais cedo, pelo menos, estaria no começo, e não doeria tanto.

Meu príncipe existe, mas no meu mundo ele é perfeito, coisa que não existe de verdade, todos têm defeitos e qualidades, na minha mente só existia qualidades e pequenas discussões onde tudo no final acabaria como um lindo livro de contos de fada: “e viveram felizes para sempre”. Uma hora você acorda pra realidade e percebe que tudo aquilo que você, de tanto imaginar pensou que era real, e se acaba, as cortinas se fecham e o público aplaude como em uma peça de teatro.

O que posso fazer se não entendo esse mundo cruel em que vivo, no qual tento melhorar e no fim acabo me machucando e ficando ferida pro resto da eternidade? Mundo cruel onde não se tem felicidade sem desgraça, amor sem ferida e paz sem guerra.

Ainda resido nesse palácio ao lado das pessoas que mais amo, com tudo perfeito, sem bruxas e magos do mal, com dias de sol, sem chuvas e tempestades, com praias e paraísos naturais, mas agora aprendi que não se deve levar essa realidade para nosso mundo real.

Meu lugar, meus sonhos e minha realidade que é totalmente o inverso do meu faz de conta, onde toda noite visito e imagino como seria estar lá, com aquelas pessoas sem defeitos e com a alegria que só encontro por aquelas bandas.

Mundo de faz de conta, que sempre sou o centro das atenções, onde tenho tudo que quero na hora que espero, que vivo, mas não buscando a felicidade e sim vivendo na felicidade, no meu mundinho literário.
Biia *!

Segredo Secreto



Quem nunca teve um segredo? Daqueles que não se conta a ninguém, ou por medo de alguém ou de algo. Segredos que não se contam isso sim é um segredo bem secreto, e não aquele que foi contado para ser guardado, porque, pode ter certeza ele será contado.


Queria um segredo que pudesse ser compartilhado, mais se ocorresse isso, não receberia o nome de segredo e sim de informação confidencial. Sempre tem algo que nos incomodamos e ficamos quietinhos guardando o segredo, e sempre tem a hora que explodimos e soltamos tudo, sem pensar no que vem ou no que acaba de ter um fim.

Segredos de escola sempre, em menos de um mês, são revelados e só os desinformados ficam sabendo por último. Já o segredo de família só se sabe por telefone, e isso se for babado forte mesmo. Mas e aquele segredo que é contado e bate o arrependimento? Esse tipo é o pior, por isso digo que é para contar um segredo secreto, daqueles de parar o trânsito o melhor que se tem a fazer é contar a duas ou mais pessoas.

Segredos, a palavra já diz é para ficar pra si, e não ficar espalhando pelos sete ventos, segredo deixa de ser quando sai de uma boca e penetra em outro cérebro, que processa e vê se vale a pena divulgar ou reservar.

O segredo é contado, e você tem a impressão que o mundo todo já esta comentando, na real, se você contou é que queria que soubessem. Mas às vezes o secreto deve se tornar publico, pois há provas que não querem se calar, nesse caso não tem jeito: ou confirmar ou desmente o que é obvio.

Desmentir é uma alternativa ruim e confirmar, uma ida para as bocas de pessoas que nem as conhece é pior ainda.

Conte o que há para ser contado, deixe quieto o que deve ser deixado, tente não se arrepender de um ato, pois voltar atrás nesse erro será mais difícil do que cometer o mesmo incidente novamente.

Biia *!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sentimento Alheio

O sentimento, coisa difícil de expressar, vem de dentro pra fora, do coração para a mente, isso todo mundo já sabe, se não sabe ficou sabendo. Mas quando os sentimentos da outra pessoa estão em suas mãos a situação fica um pouco mais complicada. Quando você é responsável pelo outro, pelos sentimentos de outro igual, você se torna responsável pelo que cativas - Frase que me fez perder noites em claro.

Sempre ouvi: você usa e joga fora, usa o sexo oposto como se fossem roupas fora de moda. Como seria bom encontrar alguém que passa pela minha situação, me sinto como uma destruidora de corações, que chega vai entrando e quando vê já explodiu tudo.
Num gosto do que sinto, se fosse mesmo tudo que dizem, não me sentiria culpada me sentiria realizada, missão cumprida, agora seria à hora em que receberia uma medalha de honra ao mérito.

Quero acabar o mais rápido possível com esse sentimento que me consome, que toma conta de minha noites, que ainda vai fazer minha cabeça explodir de culpa. Culpa pra quem esta a falar de sentimentos seria interessante citá-lo. A culpa está ai dentro, só faltou desabrochar, e quando isso acontece, pode dizer adeus aos seus sonhos e olá aos pesadelos, “goodbye my night”.
Achava-me uma pessoa responsável, agora que descobri o outro lado da responsabilidade não me considero mais. Gostaria de ter uma máquina do tempo, para poder voltar atrás e desfazer o mal entendido.

Não quero que sofra por mim, isto é, se sofre mesmo? Encanou-me esse tempo todo? Me fez pensar em ti, só para me ver sofrer? Me ama mesmo como diz que ama? Tantas perguntas e nenhuma resposta, sonho com a verdade, somente a verdade nada mais que a verdade, quero saber o que se passa em seus sentimentos mais obscuros – sentimentos que você mesmo não os identifica.

E ainda existe a platéia que não vê o que sinto e o que realmente se passa na mente dos assistidos. Como compreender os sentimentos alheios? Mais uma pergunta sem resposta, que será o tema dessa noite que passarei com olhos entreabertos, olhos que não enxergam mais a beleza do Amor e da Paixão, que estão sedentos por um desfecho.
Melhor acabar por aqui, e se prometer-me que guardará secreto, lhe prometo que aparecerei mais por essa bandas.
Biia *!

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