sexta-feira, 3 de julho de 2009

Minha boneca, Meu dinheiro

Quero correr, comer doce e não escovar os dentes, jogar bola, pular corda, soltar pipa, ter casinha de boneca, ser super-herói com poderes extraordinários, ter a imaginação fértil, ser criança de novo, sem responsabilidade e deveres, sem que me digam: que infantilidade, deixa disso menino, olha que vai engordar menina, isso te deixa com espinhas amarelas e gigantescas que te deixaram feia e tenebrosa.

Por que não posso mais rir do palhaço do lado, observar o beijo da novela com indignação sem entender bulhufas, sair da rua sem ter o que fazer, e voltar só de tardezinha todo sujo e soado? Não posso. Tenho que ser quem eu sou, e não quem eu era. Ser adolescente. Com medos e duvidas, com angustias e mudanças. Ser diferente do “normal”, mas igual aos “comuns”, mesmo parecendo diferente nos olhos de “normais”.

Quero sair, sentar ao lado de gente importante, ter o meu dinheiro, ir a lugares com homens engravatados e senhoras de xale, rir de ironia e ser dono do meu “nariz”, mesmo que para isso tenha que ser responsável cumprir horários e ir a reuniões entediantes, sair de noite e voltar só de manhãzinha, sem que te digam: onde você estava, com quem, e por que não me avisaste onde iria, estava preocupada, pronto já esta decidido, agora é da escola pro lar e sem conversa. E sairia batendo pé e ao chegar ao quarto esqueceria, por acaso, a porta bater.

Por que não posso, morar sozinho, me divertir com as amigas, gastar o meu dinheiro, dizer que ele é meu? Mas de vez em quando, pagar uma pizza pra galera, mas com o meu dinheiro, só meu. Não posso. Tenho que ser quem eu sou, e não quem eu era. Ser adolescente.

Decida-se. Vá em frente, escolha seu caminho. Voltar ou Avançar? Só você poderá me responder: Quer brincar com a boneca e dormir até mais tarde ou ser dono do próprio “nariz” e acordar com o Sol?

Medo do quê ?


Sairá fazia um tempo, não queria chegar a casa, pra quê? Para ouvir discussões e gritos? Era preferível rodar pela cidade sem rumo, observar os desconhecidos, fazer amizade com o cobrador do transporte coletivo. Mas ficariam preocupados, pensariam no pior. Então desistiu.

Seguiu no caminho conhecido, as mesmas ruas, as mesmas casas, as mesmas senhoras a fofocar que, quando passava perto, abaixavam o tom de voz e te analisavam de cima a baixo. Com a mochila nas costas, cheia de cadernos e anotações, com desamores e ilusões. Pensava em mudar de rumo, não podia, pensou que podia mudar o mundo, outra vez não podia. Sonhava com a paz, mas não saia da guerra.

O solado a fazer: plek, plek. A alma em silencio, sem som algum. Refletiu no amor filosófico, é como um mar de rosas, mas rosas também têm espinhos.

Pensou no que encontraria em casa: “- Menina faça alguma coisa, deixe de escrever, saia da frente deste maldito computador, isso não te levara a nada.” E ela com uma cara de indiferença, diria: “- Tudo bem estou terminando o parágrafo.” Mas a alma por dentro era capaz de ficar dias e mais dias a escrever, se alimentando das letras, descansando nas palavras e ,juntas com o doce prazer da pontuação, viveria nas mais lindas frases, aprendendo com os grandes.

Continuou a andar, em passos cada vez mais lentos, porem constantes. Não queria chegar ao destino final, queria isolar-se, no seu mundo, com sua gente. Mas não podia, tinha que enfrentar a realidade, ou agora ou então mais tarde.

Pensou em parar. Parou. Entrou na casa de uma conhecida para falar das novidades, mas logo voltou para ao rumo, incerta do que encontraria na próxima esquina. Só encontrou um carro em alta velocidade, esperou e atravessou.

Pegou a chave, escolheu a dedo a maior de todas, coloco-a na fechadura e a rodou, como quem roda a roleta da morte. Caminho silenciosamente até a porta abriu-a, ela rangeu. Limpou os pés no tapete de entrada, depositou a mochila na cadeira mais próxima encostada a parede. Olhou ao redor. Nada. Viu, na mesa, um papel amarelinho, desses onde se anotam recados, em que às vezes escrevia rimas quando a inspiração chegava. Leu: “Volto mais tarde, estou na vizinha.” Não tinha ninguém em casa.

(Estória Fictícia)

Sim ou Não ?

Sigo pela direita ou faço curva para a esquerda? Dúvidas e mais dúvidas... Ser ou não ser, eis a questão. Grande frase.

Quero que seja do meu jeito, mais quero que dê certo, me colocam medo e defeitos, dão-me incentivo e apoio, confusões complexas, soluções mais complexas ainda. A vida é feita de escolha, mas escolher a certa é a escolha mais duvidosa. Frases que me fazem pensar mais no assunto, com um tema que não quer calar. A decisão mais correta seria ir ou vir? Andar ou Correr? Viver ou sonhar? Voar ou nadar? Sentir ou iludir-se? Ouvir ou falar? Gritar ou cochichar? Assobiar ou cantar? Pular ou rir? Ou será que é rir e pular? Sim ou não? Talvez ou certamente? Certo ou errado? Verdade ou conseqüência?

Peço ajuda ganho mais dúvidas. Peço Solução ganho mais confusão. Como seria fácil se tivéssemos um sexto sentindo que fizesse com que escolhermos a alternativa certa e mais propicia para nosso lado. Só saberemos no futuro, se nossas escolhas foram as melhores, e talvez, se não gostarmos dos resultados, existe a alternativa de mudar de idéia, às vezes, somente as vezes... Posso ir ao futuro ver se minha escolha terá conseqüências boas para todos? Posso não ter dúvidas? Posso passar minhas escolhas? Tem a ajuda dos universitários?

Não percebemos, mas fazemos escolhas nos mínimos segundos de vida, quando escolhemos o canal na televisão, quando escolhemos o que vamos comer, a musica no radio, a temperatura do banho, onde sentaremos no sofá, escolhas que estão no nosso cotidiano e são quase que automáticas.

As escolhas certas estão dentro de você, achá-las é o que dificulta a situação, e não se preocupe seu destino esta traçado com suas dúvidas e indecisões... Por isso o que for escolhido já estará escrito no livro da vida, e pode ter certeza ele esta cheio de escolhas certas e erradas.

Não sou a Mesma

Não sou eu, estou estranha, raptaram minhas características, desapareceram com minha alma, e deixaram isto, que consideram alguém. Quero-me de volta. Com meus antigos sentimentos, com minha velha alegria, com meu sorriso estampado que aparecia por tão pouco, meu olhar destemido, minha vergonha e timidez que, às vezes, dava lugar a um carisma inesperado e uma falta de vergonha incompreensível. Quero aquela alma que me habitava.

Por que motivo, razão, circunstancia, ela me abandonou? Será que não dei o seu devido valor? Quero-a de volta. Alguém me devolva. Volte para onde não deveria ter saído.

Depois de tudo o que aconteceu, depois das minhas decepções e das minhas melancolias você, alma, me deixa aqui, sem esperanças, sem calor, sem vida e sem harmonia. Posso me dispensar da vida? É uma faze, todos dizem, mas cadê o fim dela? Somos tão complicados, porque não podemos ser todos iguais, sem problemas e mudanças? Não gosto da nova que sou, alguém, por favor, me devolva a velha eu?

Mudem-me enquanto há tempo, se já não for tarde demais. Cadê a garota que ria a toa, a que vivia com os pés no chão, e não essa que voa pelo espaço sem ter rumo próprio, aquela que era feliz simplesmente por viver mais um dia, e não essa que deseja não sair de casa. Volte para mim grande esperança, esperança de que tudo no final acabara bem, esperança de dias melhores.

O que fizeram comigo? Transformaram-me nisto com que propósito? Por que não consigo pensar no que pensava antes? Por que não aquento fazer o que fazia antes? Por que não rio como ria antes? Por que a vida não é tão bela como era antes? Para que tive que mudar? Para seu próprio bem estar? Ou então não mudei, estou idem a antigamente, nem a carcaça nem o interior mudaram, só estou me estranhando por um tempo. Se for isso, quando é o fim? Se não for, o que é? Há alguma luz no final do túnel?

Uma Alma

Aquilo que te deixa leve, leve como uma pluma, uma leveza e, pra variar um pouco, livre e feliz, onde você encontra? Na alma. Com a alma solta você é capaz de ir até as estrelas e, dependendo da ocasião, ultrapassar a via láctea indo para os mais diversos mundos, conhecendo gente ou indigentes, aprendendo culturas e cultivando aprendizagem, nascendo de novo, crescendo mais uma vez e, por ultimo, mas não menos importante viver sem preocupar-se com mais ninguém, ser uma vez na vida, ou mais uma, egoísta.

O que deixa sua alma feliz, alegre? Uma música, uma pessoa ou simplesmente uma manhã ensolarada? O que pode vir a ser um dia feliz? Um dia chuvoso debaixo das cobertas comendo pipoca com um bom filme ou uma literatura que te fez pensar? Ou um dia de primavera onde, em plena alvorada, se recebe flores com um cartão totalmente romântico citando a noite maravilhosa que foi a passada? Ou ainda uma festa super animada? Qual das opções você escolheria se fosse, mas não é, um questionário alternativo? Qual das preferências seria a selecionada? Sua alma sentir-se-ia leve ou relaxada com a realização das alternativas?

Uma boa música, que te faz refletir, pensar na pessoa amada, nos amigos especiais, na família queria, naquele momento hilário ou, ainda, na novela que a usa como tema. Isso faz com que sua alma solte-se?

Em um sonho: Um tal de João disse-me que a alma dele estaria infectada por um protozoário, idem ao computador de uma empresa atingido por um ”cavalo de tróia”-vírus. Acordei pensando como seria ter a alma acertada por algo desconhecido e diferenciado, depois de passar a manhã com isso nas idéias, recordei-me de uma frase muito útil no vocabulário de certa conhecida minha: “não a vemos, não a sentimos, mas dor de alma existe”, já que não se sabe o que é de vera, por qual motivo temos dor? A dor desse tal João pode ser dor na consciência ou então não identifica suas dores. Acabei ficando sem resposta para o sonho. Mas não desisti de achar seu significado.

Alma e consciência, diferentes? Você sabe o que é a alma? Sabe a descrever? No dicionário esta: ¹principio da vida. Será mesmo? Se é o principio da vida porque não o conhecemos? Não nos conhecemos? Ou o dicionário esta a mentir? Seria possível processar o autor? Não gosto de ficar sem explicações. Ira é pecado, pecado da alma?

Uma alma solitária estava a pensar: Quero saber o que sou, quero descobrir quem me criou, mais eu existo mesmo? Existir não existe, mas é reconhecida por lei, por lei não, mas a humanidade conhece, ou pensa que conhece.

Tantas almas perdidas, tantas respostas inencontráveis, mais e mais, cada vez mais. Minha alma ta aqui, dentro de mim, pelo menos eu espero que esteja, e a sua anda muito solta, livre de mais? Quer solta-la? Quer prende-la? Decida-se.

Almas que se perderam, ou por desgosto ou então não as usavam mais, porque será que um ser humano em sã consciência não aceitaria ter uma alma perpendicular a sua vida, que te apóia e que leva características? Conheci um garoto que tinha uma alma boa, auxiliava todos e não pedia nada em troca, ele tinha uma alma boa, ou será que ele tinha uma personalidade boa? Será que a alma existe? Será que a alma não teve nada a ver com as escolhas dele, estou a gratificando a toa? Mais perguntas e mais uma vez sem respostas.

Almas mutantes, que se alteram sem explicações, que gostam de se tornarem diferentes das de mais, que têm a necessidade de ser sem lógica, de serem únicas e inexplicáveis.
Vamos, determine-se, quer ser assim ou assado? Aquilo ou aquele outro? Vamos, esta em uma encruzilhada, qual caminho vai tomar? Quer ser bom e que sua alma leve a fama? Quer ser ruim q ter que ouvir: alma maligna?

Alma de estimação. Nascem, morrem sem conhecer a verdadeira vida.

Alma de historiadores. Vivem no passado, procurando em quem se apegar.

Alma solitária. Podem estar rodeadas, mas sempre se sentem sozinhas.

Alma de apaixonado. Está à procura de quem amar desta vez.

Alma tem características e defeitos, mas sabemos o que é alma?

E pra você, o que é a alma?

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