sexta-feira, 3 de julho de 2009

Não sou a Mesma

Não sou eu, estou estranha, raptaram minhas características, desapareceram com minha alma, e deixaram isto, que consideram alguém. Quero-me de volta. Com meus antigos sentimentos, com minha velha alegria, com meu sorriso estampado que aparecia por tão pouco, meu olhar destemido, minha vergonha e timidez que, às vezes, dava lugar a um carisma inesperado e uma falta de vergonha incompreensível. Quero aquela alma que me habitava.

Por que motivo, razão, circunstancia, ela me abandonou? Será que não dei o seu devido valor? Quero-a de volta. Alguém me devolva. Volte para onde não deveria ter saído.

Depois de tudo o que aconteceu, depois das minhas decepções e das minhas melancolias você, alma, me deixa aqui, sem esperanças, sem calor, sem vida e sem harmonia. Posso me dispensar da vida? É uma faze, todos dizem, mas cadê o fim dela? Somos tão complicados, porque não podemos ser todos iguais, sem problemas e mudanças? Não gosto da nova que sou, alguém, por favor, me devolva a velha eu?

Mudem-me enquanto há tempo, se já não for tarde demais. Cadê a garota que ria a toa, a que vivia com os pés no chão, e não essa que voa pelo espaço sem ter rumo próprio, aquela que era feliz simplesmente por viver mais um dia, e não essa que deseja não sair de casa. Volte para mim grande esperança, esperança de que tudo no final acabara bem, esperança de dias melhores.

O que fizeram comigo? Transformaram-me nisto com que propósito? Por que não consigo pensar no que pensava antes? Por que não aquento fazer o que fazia antes? Por que não rio como ria antes? Por que a vida não é tão bela como era antes? Para que tive que mudar? Para seu próprio bem estar? Ou então não mudei, estou idem a antigamente, nem a carcaça nem o interior mudaram, só estou me estranhando por um tempo. Se for isso, quando é o fim? Se não for, o que é? Há alguma luz no final do túnel?

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