sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Lágrimas

Escorreu do rosto da pobre sem significado algum, apenas por encarar os próprios olhos no espelho, se transformou numa sensibilidade. Medo? Não seria. Insegurança? Talvez. Falta de amor? Não, com certeza não, era forte para esse tipo de coisa, mais tinha lá dentro suas inseguranças.

Parecia uma cachoeira que acabara de nascer, começando com gotas e mais tarde se transformando num rio completo. Achara seus olhos nos espelhos e os mesmos não aquentaram a preção, tanto de fora –do mundo –tanto de dentro, seu corpo pedia tempo, sua mente, paz.
Passou sua mão pelo rosto, destruindo o fluxo da cachoeira. Olhou para as pontas dos dedos, encontrou vestígios de um ser, um ser que não identificava o que vinha a ser. A cachoeira continuou, logo veio o interruptor das lágrimas, olhou novamente pena de si mesma, se confundiu nas idéias.

E quando se deu conta, as lágrimas continuaram a cair, sem motivo, sem desculpa, sem explicação. Deixou de perturbar-se com o motivo das lágrimas, evitou limpa-las, deixo-as livre, passando pela face até escorregarem pelo queixo.

Lágrimas de tristeza não seria, lágrimas de felicidade, mais não estava tão contente assim. Pronto, já estava de novo apensar nos significados das coitadas lágrimas de lágrimas.
Isso que eram, lágrimas de lágrimas.

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